Aqui você encontra artigos, aulas e podcasts. Conteúdos acessíveis e profundos sobre Gestalt-terapia. Um espaço feito com alma para quem quer viver e praticar a terapia.
Na Gestalt-terapia, autossuporte e heterossuporte são interdependentes: a autonomia nasce do amparo. Relações frágeis, superprotetoras ou opressoras comprometem o desenvolvimento do self. Clareza sem suporte não gera mudança — é o contato experiencial que transforma. O terapeuta sustenta, provoca e encarna o campo onde o cliente pode, enfim, florescer.
A ampliação da awareness revela o paradoxo entre o desejo de transformação e o medo da exposição. O bloqueio protege a vulnerabilidade, mas também aprisiona. A Gestalt-terapia sustenta o impasse com presença, permitindo que o cliente reintegre partes exiladas e retome o fluxo autêntico do contato.
Na Gestalt-terapia, o sintoma é expressão de um contato interrompido — um chamado à awareness. Não é inimigo, mas tentativa de autorregulação. Ao compreendê-lo, favorecemos o contato pleno: processo de troca, presença e transformação. A mudança, então, não é forçada — emerge quando o ciclo da experiência se completa.
Em Nova York, Fritz Perls reencontrou o teatro e mergulhou no existencialismo. Inspirado por Kierkegaard, Heidegger e Sartre, integrou arte, corpo e filosofia à clínica. A Gestalt-terapia nasce desse encontro: contato, presença e liberdade como caminhos de autenticidade diante do vazio, da angústia e da possibilidade de tornar-se.
Fritz Perls, moldado por traumas familiares, encontrou no teatro e nas artes seu primeiro respiro vital. Influenciado por Nietzsche, Bergson e o expressionismo, integrou arte, filosofia e ciência. Da psicanálise à Gestalt-terapia, sua trajetória foi uma busca radical por presença, contato e reintegração diante do vazio e da alienação.